De acordo com um recente estudo junto dos profissionais de UX*, mais de 60% dos inquiridos afirmam que recorrem a recursos online para manter as suas skills atualizadas, e cerca de 47% investe em certificações adicionais.
A verdade é que hoje em dia, há cada vez mais cursos de Design, Usabilidade, Design Digital e assuntos circundantes. Alguns prometem uma “carreira em 6 semanas”, outros dão certificados automáticos, mas, na prática, muitos profissionais saem frustrados e o mercado começa a olhar com desconfiança para certas formações.
Então, como distinguir uma boa formação, daquelas que realmente transformam a forma como trabalhas, das que só entregam um diploma?
Aqui ficam 5 critérios essenciais.
1. Define os teus objetivos de aprendizagem
Pergunta-te:
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- Quero apenas uma introdução teórica a certo tópico ou quero aprender teroria e prática com frameworks e metodologias que consiga aplicar já no meu produto?;
- No final do curso, o que vou conseguir fazer mais e melhor que não faço hoje?
Dica: Atenta as descrições dos cursos, o quão claros são sobre o que vais aprender, e quais são os teus outcomes do mesmo. Qual será a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos no teu dia a dia?
2. Olha para o formador (não só para a escola/entidade formadora)
Mais do que a marca ou o logótipo, importa quem ensina.
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- O formador tem experiência real em projetos de produto?
- Continua ativo no mercado?
- Ou apenas lê slides dele ou dos outros?
Dica: Um bom curso é facilitado por profissionais que fazem e ensinam, não apenas por “formadores de catálogo”. Se é uma página de um curso e nem sequer diz quem é o formador… desconfia, pois será quem estiver disponível (com ou sem conhecimento sobre o tópico).
3. Avalia o formato e a dimensão da turma
Turmas pequenas permitem interação, discussão e feedback.
Já as turmas com dezenas (ou centenas) de pessoas tendem a cair na passividade, ninguém fala, ninguém interage, ninguém liga a câmara ou faz “unmute”.
Dica: Prefere sempre experiências de aprendizagem ativas e colaborativas, remotamente ao vivo, ou fisicamente. Evita cursos gravados (com anos, feitos para rentabilizar), evita pagar por cursos que tenhas que ler imeeeeeensas páginas de conteúdo escrito (como se ler bons artigos tivesse de ser pago), mesmo que digam “define o teu ritmo de aprendizagem”.
4. Verifica se os conteúdos são relevantes e atuais
Design digital que arrasta por si só toda a panóplia de assuntos que já sabes (UX, UI, Usabilidade, Research, Prototipagem….) é um campo em constante evolução. Hoje não basta falar de wireframes: precisamos de discutir Inteligência Artificial, acessibilidade digital, manutenção contínua da usabilidade, design inclusivo… entre outros.
Dica: Um bom curso acompanha os desafios reais do presente, não fica preso a programas aprovados por entidades que certificam formações e que rejeitam a mudança, a atualização, a modernização constante da formação.
5. Procura aplicabilidade imediata
A melhor formação é aquela que muda a tua forma de trabalhar já no dia seguinte.
Frameworks, templates, checklists, exercícios práticos… mais do que ouvir, trata-se de fazer.
Dica: Lê e analisa um programa, tenta perceber de que forma prática o aplicarias no teu trabalho, se tiveres dúvidas, procura o contacto com a escola, entidade, ou até mesmo o formador e tenta perceber antes de tomar a decisão – se te responderem amplamente… desconfia.
Conclusão
Escolher uma boa formação em UX é mais do que procurar um certificado. É investir numa experiência que acrescenta valor real, tanto para ti como para as equipas e produtos em que trabalhas.
Se valorizas aprendizagens práticas, turmas pequenas e temas atuais, o mais recente projeto do uiux.pt foi criado exatamente para isso.

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Bibliografia e recursos
*https://medium.com/@uxpa.pt/the-state-of-ux-in-portugal-a-sneak-peek-06b0e4cbd197


