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O uiux.pt esteve presente na MirrorConf realizada de 18 a 19 de Outubro em Braga. De todas as excelentes palestras o uiux.pt destaca uma espetacular abordagem da “Tecnologia Calma” apresentada por Amber Case e fundamentada nas teorias de Mark Weiser e John Seely Brown.
Vivemos numa Era de tecnologia e Design Interruptivo. É cada vez mais imperativo termos noções e fundamentos da “Calm Technology” no nosso dia-a-dia como Designers de Experiências de Utilizador.
Amber Case é antropóloga ciborgue americana, Designer de Experiência de Utilizador e frequentemente palestrante dos maiores eventos mundiais de tecnologia. Amber estuda a interação entre humanos e computadores e foca-se na forma as culturas pensam, agem e entendem seus mundos face à informação que nos rodeia.
A palestra de Amber Case foca essencialmente na informação que nos rodeia e na imensa tecnologia inerente. Num mundo cada vez mais digital, em que a vida real se cruza com a vida digital é obrigatório ponderar e perceber como podemos interagir com o que nos rodeia sem estarmos a fazer um overload do nosso esforço cognitivo, da nossa atenção e acima de tudo compreender o nosso comportamento.
O que é preciso? O que não é? 

Não podemos interagir com a nossa vida quotidiana da mesma forma que interagimos com um computador. O tema de “Calm Technology” teve arranque em meados de 1995 pelos investigadores Mark Weiser e John Seely Brown e tinha como objetivo reagir às emergentes complexidades que as tecnologias da informação estavam a criar já naquela altura.

A “Calm Technology” descreve um estado de maturidade tecnológica em que a tarefa principal de um utilizador não é computar, mas sim, ser humano. A ideia por trás da “Calm Technology” é ter pessoas mais inteligentes, não coisas. A tecnologia não deve consumir toda a nossa atenção, apenas parte dela e somente quando necessário. De que forma os nossos dispositivos podem aproveitar a nossa localização, a nossa proximidade e o feedback háptico para ajudar a melhorar nossas vidas em vez de atrapalhar? De que forma os designers podem tornar as aplicações “ambientes”, que respeitam a privacidade e a segurança de todos?

A “Calm Technology” explora os tipos de notificação e explora de que forma podemos projetar notificações com a menor sobrecarga cognitiva.

Analisando o “Paper” entitulado “Designing Calm Technology” de Mark Weiser e John Seely Brown, publicado a 21 Dezembro de 1995, Amber Case destaca os seguintes 6 tópicos:
  1. A tecnologia não deve exigir toda a nossa atenção, apenas parte dela, e somente quando necessário;
  2. Tecnologia deve capacitar a periferia;
  3. Tecnologia deve informar e acalmar;
  4. A tecnologia deve ampliar o melhor da tecnologia e a melhor humanidade;
    → Máquinas não devem agir como seres humanos.
    → Os humanos não devem agir como máquinas.
  5. Tecnologia pode comunicar, mas não precisa de falar;
  6. A quantidade certa de tecnologia é o valor mínimo para resolver o problema.
“A tecnologia calma permite que as pessoas alcancem os mesmos objetivos com o mínimo de custo mental”.

Sugestão de leitura complementar:

Se tens interesse no tema, o uiux.pt deixa-te uma abordagem diferente sobre a emoção e a tecnologia no nosso “novo” Mundo Digital.

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JL


João Lima

João Lima

→ UX Design Guru at Critical TechWorks - BMW Group → uiux.pt Founder → UX Teacher

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