Não, não vai cansar o utilizador! Estudos e pesquisas avançadas sobre a matéria provam que as pessoas de facto aderem ao scroll.
Um recente estudo do ClickTale analisou cerca de 100.000 pageviews em que o resultado demonstra que as pessoas usam o scrollbar em 76% das páginas que foram consultadas. 22% dos utilizadores foram até ao fundo da página chegando footer.
Colocando em prática este estudo da ClickTale recorri a um heatmap deste mesmo site o uiux.pt. Tem como base de estudo o útimo artigo lançado, uma página que foi visitada por mais de 1000 utilizadores distintos até então.
A página contém um artigo acerca da NUI – Natural User Interface, e segundo a mancha de calor detetada é possível perceber que a zona de “ouro” é de facto a primeira secção, cerca de 800px de altura. A zona vermelha distingue-se então por ter uma visibilidade de 100% do conteúdo.
De seguinda, a zona amarela considera cerca de 84,5% de visualização. A secção verde inicia-se com 66,8% até 54,5% zona em que termina o artigo.
A restante informação da página é composta por Artigos Relacionados com 48% de visualizações, a Caixa de Comentários com 39% e por fim Footer com 18,5% de visualizações. Considero que o artigo ClickTale está em perfeita concordância com a página que analiso do uiux.pt, atingindo assim todos os valores apontados inicialmente pelo estudo.
É importante então considerar que a zona de “ouro” é de facto a primeira secção da página, os primeiros 750/800px de altura, que não carecem de qualquer tipo de scroll são a melhor zona para depositar informação crucial ou apelar para o continuar de scroll que a página possui.
Jakob Nielsen, perito de interação, baseia-se em estudos de eye-tracking que apuram a atenção dos utilizadores no ecrã. Estes estudos confirmam que as pessoas fazem scroll sobretudo se a página estiver intuitiva para o fazer.
O SURL (Software Usability Research Laboratory’s) afirmam também que os utilizadores lêem mais conteúdo se este estiver em longas páginas com scroll do que em curtas páginas paginadas.
E exemplo disso é o Google. Quando fazemos uma pesquisa e não encontramos nada que nos satisfaça na primeira página do Google preferimos melhorar os parâmetros de pesquisa no Search Bar do que muitas vezes passar para a segunda página de resultados.
É também curioso perceber que os estudos de eye-tracking do SURL já demonstram que o utilizador está a ficar familiarizado com o facto do primeiro resultado do Google ser publicidade. Na seguinte imagem podemos ver a ordem de acessos/eye-tracking dos utilizadores ao ver uma página de resultados.
JL