Usar fotos de um banco de imagens na interface melhora a experiência do utilizador?
Quantos de nós somos obrigados a recorrer a este tipo de serviços, gratuitos e pagos, para completar a nossa interface? Pois bem, se és um designer de interfaces e nunca usaste banco de imagens… estás com muita sorte! Contudo, o teu dia chegará!
Embora os bancos de imagens tenham, cada vez mais, uma base de dados bem segmentada e relacionada, são perdidas horas para encontrar a fotografia que idealizamos e no fim… não era bem aquilo. São páginas e páginas, fotografias e fotografias que muitas das vezes não são o que pretendemos ou idealizamos para o nosso projeto.
Recentes testes de usabilidade e estudos de eye-tracking demonstram que estas imagens são ignoradas pelo utilizador. Raramente agregam valor ao conteúdo informativo, e poucas vezes representam bem o serviço e/ou conteúdo.
Algumas curiosidades:
- Testes de eye-tracking recentes mostram que os utilizadores não olham para imagens “genéricas” e não personalizadas.
- Joshua Brewer em “A picture is worth a 1000 words, except when it isn’t” afirma que toda a comunicação visual deve reforçar a mensagem, contudo com imagens “falsas” dos bancos de imagens a comunicação e a sua transparência para com o utilizador enfraquece.
- Usar imagens de bancos de imagem em banners call to action baixa a taxa de sucesso.
Exemplos práticos:
- A imagem que se segue representa um estudo de eye-tracking assente na importância inicial que se prestava às fotografias “falsas” do menu que eram completamente ignoradas. Após uma revisão de hierarquia o equilíbrio do olhar foi melhorado e mais disperso pelo conteúdo informativo.
- O estudo eye-tracking na VOGUE aborda a importância dos banners e das suas fotografias na homepage. O utilizador apenas busca a informação que pretende, por exemplo o menu: Fashion.
- Não acha que este dashboard de aluguer de carros tivesse uma imagem mais criativa, personalizada do carro a alugar não chamaria mais a atenção do utilizador? Porque não uma fotografia do carro na cidade que se vai proceder ao aluguer? Na praia e/ou no monumento histórico que o turista tanto quer visitar?
- Agora uma curiosidade de mouse-tracking do uiux.pt
JL
Olá JL, tudo bem?? Cara seu blog de UI/UX é muito bom, parabéns!!!! Porém as vezes sinto a necessidade de comentar pra até gerar uma discussão saudável rsrsrs. Por exemplo essa matéria. Concordo que muitas vezes, ou até mesmo nos exemplos que usou acima, imagens “falsas” podem até diminuir mesmo a absorção de conteúdo e interação do usuário no conteúdo. MAS são poucos exemplos e não é sempre não. Talvez acho que nem é “raro” não.
Talvez o título da matéria acho que foi exagerado, não é um mito de que melhora, porem também não piora. Você mesmo exemplificou na interface de aluguel de carros, que se tivesse uma imagem mais “contundente” com o conteúdo ao invés de apenas o carro ia ser muito mais apelativo! Isso quer dizer que no fundo as imagens são sim um apoio bom pro usuário se acostumar com a atmosfera da proposição. Além do que, não acha que o eye-tracking seja relativo nesses casos? Temos a visão periférica do nosso globo ocular que, mesmo não focando em nada, ainda conseguimos “sentir” ao redor do nosso foco, mesmo que subjetivamente! A não ser que o eye-tracking também aborde a visão periférica, mas acho muito difícil.
Bom, é o que acho por enquanto! rsrsrs valeu!!!